quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Solidão...

'A solidão é o estado de quem se encontra ou se sente desacompanhado ou só. Ela é formada pela reclusão do indivíduo que não se adequa a sociedade e é expurgado.
Solidão é também um sentimento humano complexo e psicológico. Quem sofre ou sente solidão vive sozinho, fora da sociedade. A morte é apenas um "entrar" na solidão, uma vez que a morte é um sentimento muito pessoal e intransferível.'

A solidão amiga

A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...

Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida.

Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.

Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.

Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão
pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!"

Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não vêem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que "o inferno é o outro." Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia... Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele escreveu sobre a sua solidão:

"Ó solidão! Solidão, meu lar!... Tua voz - ela me fala com ternura e felicidade!

Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas.

Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham com pés saltitantes.

Ali as palavras e os tempos/poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar."

E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas aconteceu que, "certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela casa - garrafa, prato, facão - era ele que os fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção (...) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que fosse mais
bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu também o operário. (...) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia."

Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: "As obras de arte são de uma solidão infinita." É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta.

E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente
descrita por Drummond:

"...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por onde erraria a verdadeira Cecília..."

Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações
gregárias que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde ela estava irremediavelmente sozinha.
O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...

A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada ) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.

Mas essa conversa não acabou: vou falar depois sobre os companheiros que fazem minha solidão feliz.


por Rubem Alves

A água

Todo mundo tem saudade de uma mina - ainda que nunca tenha visto uma. É que na alma... Ah! Você não sabe o que é alma! Eu explico. Alma é um lugar, dentro do corpo, onde ficam guardadas as coisas que a gente amou e se foram. Elas se foram mas não morreram. O amor não deixa que elas morram. Ele as guarda nesse lugar chamado alma. Ficam lá, esquecidas, dormindo... Mas, de repente, a gente se lembra! E quando a gente se lembra, vem a saudade... Saudade é o que a gente sente ao se lembrar de uma coisa gostosa que foi embora... Onde estão as minas? Você nunca viu uma. Mas eu garanto: em algum lugar da sua alma, e na alma de todo mundo, há uma mina de água cristalina. E a gente gostaria de beber da sua água, com as mãos em concha...

O Pequeno Príncipe... Você já deve ter lido o livro. Se não leu, trate de ler. Não veja vídeo nem ouça o CD com a estória. Leia. Os vídeos são ruins porque eles não deixam a gente imaginar a imaginação da gente. O que está no vídeo é a imaginação de um outro. E os CDs não são humanos. Eles vão contando a estória sem parar, mesmo quando a gente gostaria que eles fizessem uma pausa. Quando a gente está lendo, ao contrário, a alma vai produzindo o seu próprio vídeo: a imaginação é um vídeo só nosso. Lendo, a estória fica sendo minha; é a minha estória. E é possível parar, quando quer, voltar atrás, ler de novo. O Pequeno Príncipe vivia num asteróide. Caiu, por acidente, aqui na terra e foi andando, encontrando-se com homens, conhecendo costumes, com olhos de criança. Tudo lhe parecia espantoso! Pois ele se encontrou com um homem que lhe tentou vender pílulas de matar a sede. "Para que servem as pílulas de matar a sede?" - perguntou o principezinho. O vendedor se espantou. Como era possível alguém tão ignorante, que não percebesse os benefícios da técnica e da ciência? E tratou de explicar: "Os cientistas e pesquisadores verificaram que, durante um mês, as pessoas perdem 30 minutos, só indo aos filtros, geladeiras e bebedouros para beber água. Gastam esse tempo porque têm sede. Se não tiverem sede elas não gastarão mais esse tempo. A pílula de matar a sede, como diz o nome, mata a sede. Não sentindo sede, não precisam beber água. Não indo beber água, economizam, por mês, 30 minutos." O Pequeno Príncipe ficou espantado. "E o que é que eu faço com esses 30 minutos?", ele perguntou. "Com esses 30 minutos você faz o que você quiser", respondeu o vendedor. "30 minutos para fazer com eles o que eu quiser! Que coisa maravilhosa! E o que eu quero fazer com esses 30 minutos? Ah! Já sei! Se eu tivesse 30 minutos para fazer com eles aquilo que eu quero, eu iria tranqüilamente, andando até uma mina, para beber água..." Eu também gostaria de poder ir até aquela mina sobre que lhes falei, na última vez em que lhes contei sobre o mundo em que vivi na minha infância...

Mas as minas apresentam um problema: sede a gente tem o tempo todo; mas não há minas em todos os lugares. Isso era um problema sério para os homens que tinham de fazer longas caminhadas por lugares que não conheciam, para caçar. Eles não podiam ficar na dependência de encontrar minas que eles não sabiam se existiam, ao longo dos caminhos desconhecidos. E era também um problema para aqueles que trabalhavam na agricultura. Freqüentemente as minas ficavam muito longe do lugar do trabalho. E havia também o problema das pessoas doentes, fracas e velhas, que não tinham forças para caminhar até as minas.

Tem um ditado que diz: "É a necessidade que faz o sapo pular". Tradução: "É a necessidade que faz a cabeça pensar". Quando a gente não sente necessidade a inteligência não se move. Fica paradona, preguiçosa. E se recusa a aprender um punhado de coisas que, na escola, querem que ela aprenda. Às vezes a inteligência se recusa a aprender precisamente porque ela é inteligente! Ela pergunta: para que aprender uma coisa de que não necessito? Mas a sede é uma necessidade. Sem água a gente morre. E a inteligência logo se deu conta de que, se não houver um jeito de levar a água aos lugares onde não há minas por perto, há o perigo de morrer. E aí, pôs-se a pensar.

As mãos em concha são a solução simples para quem está ajoelhado ao lado da mina. Mas, e se a pessoa não puder se ajoelhar, por reumatismo ou velhice? Os homens observadores viram que há umas grandes folhas nas quais a água fica depositada, depois da chuva. Folhas de inhame. (É lindo ver as gotas de chuva, redondas e brilhantes, guardadas nas folhas de inhame. Quem viu uma vez não esquece. Fica guardado na alma...). Perceberam, então, que as folhas de inhame podiam ser usadas para substituir as mãos. Com duas vantagens. Elas são muito maiores que as mãos: guardam mais água. E, por não terem dedos, a água não escorre pelo meio deles. Folhas de inhame substituem as mãos, quando aquilo de que se necessita é a água. Assim, passaram a usar folhas de inhame para pegar a água da mina.

Folhas de inhame para substituir as mãos... Quando a gente fala em tecnologia a gente pensa sempre em máquinas complicadas. Não é nada disso. Técnica é tudo o que se faz para melhorar algum órgão do corpo. Óculos são melhorias dos olhos. Facas são melhorias dos dentes. Arcos e flechas são melhorias dos braços. Sapatos são melhorias dos pés. Bicicletas são melhorias das pernas. Cotonetes são melhorias dos dedos. Pois foi assim que a técnica nasceu: quando os homens aprenderam que podiam usar coisas que encontravam na natureza como ferramentas para atender às suas necessidades.

Mas não é possível ir viajar levando água numa folha de inhame! Para levar água longe seria necessário um objeto que prendesse a água. Aí eles observaram uns frutos curiosos, parecidos com abóboras, que não serviam para comer, vazios por dentro, que nasciam de trepadeiras. Cabaças, cuias. A imaginação funcionou: cabaças são muito melhores que folhas de inhame. Cortadas no meio, funcionam como se fossem conchas grandes. Ou copos. (Os índios fazem lindos artesanatos sobre cuias. E os gaúchos, movidos pela necessidade de tomar mate, aprenderam que cuias são maravilhosas para nelas se preparar o chimarrão...). É fácil guardar água numa cuia. Inteiras, com um furinho que se tampa com uma sabugo de milho, vira um cantil. Cantis e garrafas são cabaças melhoradas. Mas, para não se ter o trabalho de ficar segurando a cabaça de água com a mão, pode-se amarrá-la com um cipó ou uma embira, à volta da cintura. Cipós e embiras são melhorias das mãos: as mãos ficam livres para segurar as armas ou as ferramentas. (Sei que você não deve saber o que é embira. Mas não vou explicar. De propósito. Se você estiver curioso, vá consultar o dicionário. Uma das coisas mais importantes que você deve aprender na escola é consultar um dicionário ou uma enciclopédia. Mais importante que "saber" é "saber achar". O bom professor não é aquele que ensina coisa pronta; é aquele que ensina você a achar.)

Difícil era levar a água da mina até a casa. Não havia canos. Havia uma árvore que podia ser usada como cano, por ser oca por dentro: a embaúba. Ela se parece com um mamoeiro. Viajando por aí a gente a reconhece no meio das matas pelo prateado das suas folhas. Mas embaúbas não crescem em todos os lugares! Foi pela observação do jeito das águas correr que a inteligência encontrou uma solução. Os homens perceberam que a água sempre anda por conta própria. É só lhe dar um leito por onde correr que ela corre, sem que a gente precise fazer força. Aí veio a idéia de se fazerem miniaturas de rios que levassem a água de onde ela estava até o lugar onde queriam que ela estivesse. Assim se inventaram os "regos". Um rego é um riosinho artificial, para a água correr. Mas há uma coisa que a água não faz: ela não sobe morro...

Daí se deduz a primeira regra de como fazer a água chegar até perto da casa: é preciso que a mina d'água esteja mais alta que a casa. Estando mais alta, faz-se o rego e a água corre, até chegar à casa... Se estiver mais abaixo, o jeito é ir até lá e trazer a água num pote ou jarro...Potes ou jarros são vazios cercados de argila por todos os lados, menos o de cima... O importante no pote é aquilo que não existe: o vazio que está dentro dele. A cerâmica só tem a função de segurar o vazio... Porque é do vazio que a gente precisa. É o vazio que contém a água.

Difícil era tomar banho. Especialmente no tempo de frio. Era preciso esquentar água no fogão de lenha, e como não havia banheiro e chuveiro dentro da casa, o jeito era tomar banho de bacia, com canequinha. Complicado. O que significa que não se tomava banho todo dia. Banho diário é invenção moderna, felicidade não conhecida naqueles tempos. O que se usava, mesmo, era lavar os pés numa bacia. Foi assim durante milhares de anos. Jesus lavou os pés dos seus discípulos. Muitas vezes eu lavei os pés do meu pai.

domingo, 14 de setembro de 2008