quinta-feira, 17 de abril de 2008

Uma teoria que não desmente a fé

Ultimamente, tenho presenciado e participado de vários debates entre amigos, com um mesmo assunto:
"Maria(mãe de Jesus) teve outros filhos?"

A pergunta toda vez que é feita, dependendo do grau de infoirmação dos interlocutores, fica com uma resposta acirrada e defensiva.

Quem quer afirmar a alegação, é criticado.
Quem defende, o faz por acreditar no que lhe foi ensinado.

Particularmente, para minha pessoa, se Maria teve ou não filhos após o nascimento de Jesus, não me importa em nada, e em nada muda a minha Fé em Deus, em Jesus. Nem mesmo a devoção de serva que ela teve para com Deus para a concepção de Jesus. Maria continua sendo a serva dedicada a Deus, independentemente de ter tido realmente ou não filhos após o nascimento de Jesus.

Dúvidas existem, sim, pois mesmo sendo católico, tenho em mim uma chama, que precisa sanar a necessidade de saber a verdade, mesmo que essa verdade não venha a mudar em nada a minha realidade. Para mim, saber se foi ou não só serviria para tranquilizar os entendimentos, se é ou não entendida a mensagem corretamente.


Os argumentos usados:
Afirmação: "Maria teve outros filhos que não Jesus"
Bases:
Mt 12.46,47,48; 13.55.56
Mc 3.31,32,33; 6.3
Lc 8.19,20,21
Jo 7.3,5,10

Em resumo, pode-se entender que não se afirma diretamente que Maria tenha tido outros filhos. Porém fica à margem essa impressão. Não deixando de ser uma vaga possibilidade.

Contestação: "O termo irmãos em aramaico e hebraico siginificava irmão e/ou primos ou qualquer tipo de parentesco de familia"
Bases:
Mt. 13, 55-56;
Mt. 12, 48;
Gn. 11, 27-28;
Gn. 13, 8

Opinião : A explicação é boa. Bem elucidado. As referências dizem claramente o que o interlocutor afirma.


Agora vamos lá, o que eu acabei fazendo de análise em cima do assunto:

Bem, fazendo algumas pesquisas em sites católicos e não católicos, encontrei algumas divergências em todas as afirmações.

Segundo os franciscamos da provincia da Imaculada Conceição - de Sao Paulo, somente coletei o texto existente em seu site sobre explicação sobre os livros da Biblia. Destacaadas partes importantes para mim:
"A Bíblia não foi escrita numa única língua, mas em três línguas diferentes. A maior parte do Antigo Testamento foi escrita em hebraico. Era a língua que se falava na Palestina antes do cativeiro. Depois do cativeiro, o povo de lá começou a falar o aramaico. Mas a Bíblia continuou a ser escrita, copiada e lida em hebraico. Para que o povo pudesse ter acesso à Bíblia, foram criadas escolinhas em toda a parte. Jesus deve ter frequentado a escolinha de Nazaré para aprender o hebraico. Só uma parte bem pequena do Antigo Testamento foi escrita em aramaico.
Um único livro do Antigo Testamento, o livro da Sabedoria, e todo o Novo Testamento foram escritos em grego. O grego era a nova língua do comércio que invadiu o mundo daquele tempo, depois das conquistas de Alexandre Magno, no século IV antes de Cristo.

Assim, no tempo de Jesus, o povo da Palestina falava o aramaico em casa, usava o hebraico na leitura da Bíblia, e o grego no comércio e na política. Quando os apóstolos saíram da Palestina para pregar o Evangelho aos outros povos, eles adotaram uma tradução grega do Antigo Testamento, feita no Egito no século III antes de Cristo para os judeus imigrantes que já não entendiam mais o hebraico nem o aramaico."

Realmente "se" o Novo Testamento nao foi escrito em aramaico ou hebraico, cai por terra a defesa da tese dos irmãos-primos. Pois nessa lingua, existem distinções claras sobre irmão, primo ou prima, primogênito e unigênito. A nao ser que a tradução em grego tenha sido fiel ao aramaico/hebraico, porém, há de certo uma dúvida pairando sobre o assunto, pois se havia e usava corretamente a lingua grega na utilização para pregar o evengelho, por qual motivo teria se deixado uma dúvida em termos de definição do real parentesco dos ditos "irmãos" de Jesus?

Claro que os evangelistas poderiam ter dito de uma forma figurada, porém, em se tratando desses mesmos que escreveram, a forma figurada não se mostra tão frequente como no antigo testamento.

Segundo estudos de igrejas diversas, encontrados em artigos disponiveis na internet, também há a contrariedade da idéia de Jesus não ter tido irmãos consanguineos.

Divagação:
Não querendo contrariar o catecismo, os dogmas, mas analisando friamente as informações, fica a indecisão. O mesmo Evangelho de Mateus, é usando tanto na afirmação como na negação da idéia. O mesmo que foi escrito em grego e hebraico.

O que resta para mim, é uma certeza de que é uma resposta meio que contundente.
Mesmo afirmando uma ou outra resposta, nada se tira de contribuição para quem não tem FÉ.

Se Maria teve ou não outros filhos, qual o real problema? Uma idéia contrariada?
Para mim, seria de certa forma bem humano que Jesus tenha tido irmãos. Como filho único na minha casa, sinto falta do aprendizado que teria com o convívio de irmãos de sangue.
E para acalmar as certezas, lembro-me que Jesus desapareceu, e só se teve relatos de sua vida quando retornou, já ápós seus 30 anos de vida.



Conclusão:
Entrar nesse debate, é normalmente tempo perdido quando não se há uma Fé maior, que possa aceitar a mudança, a afirmação ou contrariedade do que foi aprendido anteriormente.
A Igreja Católica já errou várias vezes no passado.
Maria só teve seu reconhecimento no século passado.
Mateus escreveu o seu evengelho em aramaico, hebraico e grego.

"Quem tem ouvidos que ouça"
é a única coisa que me vem na mente nesse momento. Pois a única coisa que realmente temos, é a mesma Palavra. Um belo estudo sobre os livros de Mateus poderiam elucidar muita coisa. A continuação desse assunto deixo para outro dia, quando terminar de ler todos os livros.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

6 - Não basta compreender!

Uma vez um colega de infância, me contou sobre um ensinamento egípcio muito interessante e que podemos aplicar em nossas vidas, em nosso cotidiano:

É uma frase egípcia que diz que devemos interpretar uma escrita, em vez de apenas traduzi-la, ou seja, o verdadeiro significado é: "Compreendo o que vejo e absorvo o que compreendo". Isso significa que não devemos simplesmente compreender a vida sem antes absorver os valores dela.

domingo, 13 de abril de 2008

5 - Conhecer seu corpo

Olhar, pés, mãos, nada podem fazer se o restante do corpo não concorda.

O corpo é um aconchego, um ninho, onde você acolhe somente quem ama.

Como um pássaro e seus filhotes.

Como uma proteção para quem tem frio.

Será que o meu abraço é quente, daqueles que aquecem toda a outra pessoa ou ele é frio, distante, com medo de ceder um pouco de calor?

Pense bem quando for abraçar alguém. Se seu abraço for frio, pode ser tão ruim quanto não abraçar, talvez até pior.
Melhor, não pense, abrace como se fosse aquele bixinho de pelucia que você tanto gosta.
Como se fosse aquele avô ou avó que você tem tanta saudade.

Abrace como se sua vida dependesse disso.

Melhor, abrace como se a vida da outra pessoa dependesse disso.

4 - Conhecer seus pés

Acha que só as mãos e os olhos denotam o que vc sente?

Doce engano.

Os pés denotam a sua necessidade de fugir ou não, quando as pontas dos pés apontam na direção oposta àmpessoa que está conversando com você.

Quando se escondem ou ficam "martelando" o chão, denotam que há algum tipo de vontade de sair do local em que se está, por algum motivo.

Não se pode fugir sem usar os pés, e eles reagem à menor vontade do seu dono.

Preste bem atenção ao que seus pés querem dizer.

3 - Conhecer suas mãos

Suas mãos também dizem muito sobre você.

Mãos que fogem do toque, podem mostrar que você tem medo de se entregar verdadeiramente a um relacionamento.

Mãos foram feitas para construir, defender e acariciar.

Use-as da forma como devem ser.

2 - Conhecer seu olhar

Conhecer o olhar ajuda a conhecer como nos portamos frente a outros.

Olhando par aos olhos da pessoa que está conversando conosco, podemos ver "quem é" e não somente uma pessoa.

Os olhos revelam muito mais do que queremos em determinados momentos. Mentiras, verdades, ansiedade, tudo... Não é à toa que são ditos como janelas para a alma.

Um olhar que foge do outro olhar, será mais dificil de ser entendido. Ser encontrado.

Olhe sempre nos olhos, mesmo correndo o risco de ter seus sentimentos revelados.
A fuga sempre é pior do que encarar o medo.

1 - A arte de Se conhecer

Algumas pessoas ficam dias a fio, esperando algo importante acontecer em suas vidas.
Outras, ficam fazendo cada coisa parecer importante, no intuito de parecerem importantes...

Quando nós não temos coragem de assumir o direcionamento de nossas próprias vidas, por vezes ficamos culpando os outros por ações que nós tivemos, temos ou deixamos de ter...

E nesse ponto, eis a pergunta:

- Para que precisamos saber algo sobre nós mesmos?

Respondo simplesmente: Para não achar que o restante do mundo é errado, e só nós somos os detentores da verdade. Para nao acusar o nosso próximo de culpas que são somente nossas.